segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Nasce Mais Um Dia...

Hoje eu acordei pensando ter ouvido tua voz... Consegui sentir teu respirar afobado como de quem acaba de dançar uma música difícil... Mas quando abri meus olhos vi a parede lilás do meu quarto com as formas de luar recortadas da janela.
Banho, café... O mundo entorpecido de sono. Caminho até o ponto, a Lua ainda despontava no céu cheia, pálida e tênue como uma marca d`água, o manto estava pontilhado de pequenas estrelas, talvez esquentasse mais tarde.
Andei pela Avenida Santo Amaro... E Pela Nove de Julho... E pela Prestes Maia... E pela Senador Queirós...O centro estava tão bonito... Vagava pelas ruas uma brisa fria que dava a impressão de vazio, papéis voavam pelas calçadas ladrilhadas, o Sol ia nascendo timidamente, banhando o concreto com suas nesgas douradas, riscando o chão cinza de São Paulo.
Tua sinceridade ardia no meu peito, tuas palavras ainda ecoavam nos meus ouvidos e meu coração partido retumbava tristemente uma sinfonia melancólica.Mais uma vez... Me machuco por querer, mais uma vez quebro promessas... Mais uma vez as lágrimas lavam meu rosto...
Sentada sob o arvoredo no fim de tarde com notas de Norah Jones a embalar meu descanso eu fico a sonhar com você abrindo o portão, ficando acocorado a minha frente, levantando meu rosto pelo queixo, secando meu pranto com as costas das tuas mãos... Dizendo que está tudo bem outra vez. Que não há mais dúvidas, nem palavras soltas no ar... Que tudo faz sentido e agora vamos repousar dividindo o fone de ouvido.
Mas o crepúsculo vem chegando e o céu toma cores diversas... O Sol vai indo embora... Azul anil e púrpura começam a pontilhar-se de estrelas... Refletidas nos meus olhos úmidos os pequeninos brilhos me fazem pensar que não vieste... E tenho-as por companhia somente.
Eu só queria que soubesses... Que sob as faias frondosas da minha imaginação, aguardo que a semente que plantei no teu coração brote... E ternamente torne-se flor...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Oh, Shit!

Pensa numa pessoa burra...
É... Sou eu sim... Ai ai... Oh, Shit!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Quebrando Promessas

Cada dia que passa, a vida perde um sentido... E ganha um novo... Eu fico pensando e lembrando de tantas coisas boas que passaram... Tentando esquecer das coisas ruins que aconteceram...
As brigas, os desapontamentos... Os passeios, os beijos... Cenas do meu filme que não vai às telas, mas passam na minha mente noite e dia. Seções de saudade, de nostalgia.
Luz e trevas... Erros que a gente comete e só queria ter um vira-tempos para mudar. Mas, não existem esses apetrechos... Não há como mudar, e em teoria isso é bom.
Aprender.
Aprendi que se omitir é perda de tempo, não dizer o que sente é enganar a si mesmo. As noites que encostei minha cabeça no travesseiro e o sono não chegava, acabaram... Eu não me omito mais... E se não falo o que sinto é por charme e jamais por medo.
Lembro daquelas noites, daquelas tardes que passei olhando pela janela vendo os carros passarem pela avenida. Daqueles dias difíceis de estacionar, da zona azul. E tudo parece ser parte de um capítulo que passou. Eu lembro do garçom e daquela rua cheia de declives e aclives por quais andei e tropecei.
Ver.
Vi... As fases da Lua passar, o Sol ir embora no crepúsculo. E percebi que a cada dia mesmo os astros estão diferentes. Nós, rélis mortais humanos também. Eu mudei sim! Muito bem, obrigada.
Sentir.
Senti tanta coisa. Um turbilhão de emoções multicoloridas. Saudades, felicidades, amor, carinho, tristeza... E agora? Ah, eu sei o que eu estou sentindo sim. Bom, em partes.
Enganar.
Enganei a mim mesma... Tentando prometer que nunca mais iria deixar que meu coração me levasse outra vez... Mas ante a ti... Fico desarmada com teu olhar...E quando não estás por perto, posso sentir teu respirar...
E agora, F***u! Que vou fazer?

Fall in love again... Oh, shit!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Procura-se paz

"É esse estado de paixonite constante que mata..." Pensava a pequenina alma... Sentada no meio fio da Avenida Paulista ela se via refletida num vidro espelhado de um prédio. Ao lado bons amigos e risadas... Mas por dentro um vazio, uma angústia. Uma peleja complicada dentro dela... Faz o mundo girar e ela estar parada num mundo preto e branco só dela.
- É, coração... Culpa sua!
- Minha?!!?!? Ora, essa... Que culpa tenho eu?!
- Quando aparece uma pessoa pra cuidar e amar a Alminha você acaba com tudo!
- Ah... Mas ele era muito meloso... E aquele outro Era bobo demais!
- Mas eles gostavam dela!
- Mas ela não gostava deles!!!!
- Porque você faz de tudo pra dar errado... Pára com isso vai?!
- Não... Eu sou exigente... Pra entrar aqui tem que ter toooodos os atributos da lista...
- Ok ok...
A briga pára por instantes mas recomeça... O coração é caprichoso... E a razão... É a razão, "pombas"!
A alminha coloca o dedo nos ouvidos, mas o barulho não para...
- Ahhhhh!!!! Dá pra parar vocês dois?! Sabe quando eu vou ficar feliz?! Quando essa briga parar e eu encontrar um que agrade aos três!
- Sabe que não é má idéia alminha?
- É... Eu gostei também...
- "Bora" procurar?!
- Acho que da janela do meu quarto dá pra ver muitas nuvens... Vamos procurar uma roxa... Que tenha um príncipe... Pode ser?!




...PROCURANDO...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Pais e Filha

Ai ai... As coisas são tão complicadas... Ou eu estou complicando... Será? Ou é você? Complicado é entender a gente mesmo... Porque a gente pensa... Pensa e pensa... E mesmo assim erra.
Ontem eu conversei com a minha mãe... Pedi desculpas. Por não ser a filha que ela merecia... Por fazer ela sofrer... Bom, ela disse que eu sou a melhor filha que ela poderia ter... Mas eu sei que não sou, porque ela é a melhor mãe do mundo e eu... Ah... Eu sou tão imperfeita... Cheia de vícios, tatuagens, piercings, malcriações... Meu pai nem fala mais comigo.
Será que ele pensa que eu fico feliz com isso? Eu nunca entendi meu pai... No fundo eu sei o porque ele faz essas coisas, mas eu não aceito... Será que sou eu que não estou sendo maleável o suficiente? Não sei, mas eu só cedo... Contudo, chega uma hora em que não dá mais.
Eu aprendi muitas coisas com meus pais... Uma em especial aprendi com ele. Eu aprendi a não mentir e a não perdoar mentiras. Mas desde que eu aprendi a caminhar com as próprias pernas, ele não acredita mais em mim... Porque ele não consegue mais me rastrear nem controlar meus horários. Acho que ele não queria que eu crescesse... Que continuasse a abaixar a cabeça pra tudo que ele fala.
Mas eu cresci... E agora?
Mal sabe ele que eu ainda sou uma menina... Que ainda preciso dele... Que eu sempre precisei... Por mais independente que eu pareça... Que todos esses dezenove anos eu senti a falta de um abraço dele... E agora não tenho nem suas palavras.
Ele nunca fez questão do meu bom dia, nem de um abraço meu e isso me machuca de tal forma que ele não consegue imaginar... Sempre se escondendo atrás da minha mãe...
Eu só queria que ele me tratasse como uma filha. Somente.
Mãe, obrigada... Por ser a melhor mãe que eu poderia sonhar... Me perdoe por te fazer sofrer, por ser assim... Que nem eu sou.
Pai, eu só queria que você soubesse... Que eu amo o senhor... Me perdoe não ser a filha que você idealizou... Talvez, se você não esperasse tanto de mim, eu não teria te decepcionado... Me perdoe não atender suas espectativas...



Lealdade, Sonho e Deus... Cada um tem seu lema... Esse é o meu.